Friday, December 28, 2007

O Fim de Bhutto



Foi ontem.

Conseguiram finalmente acabar com a vida de Bhutto.

Consta que também acabaram com a esperança para a democracia para o Paquistão.

Consta que tudo é preferivel, até mais um regime militar que as armas nucleares cairem em "mãos erradas". Será tanto assim?

Será que também não deu muito jeito aos nossos amigos americanos para se propagandearem mais uma vez como os salvadores do mundo, os salvadores da democracia e do bem do povo. Os tais que tanto prezam pela democracia no mundo e vendem armas aos Talibãs... e outros que tais !?

Odiada por muitas fações, consta ser o maior supeito para este trágico evento, o próprio Presidente... e mais o Bin... e mais os Talibãs... e mais os rebeldes de não sei onde... enfim todos lhe queriam cortar as pernas.

Mais do que uma mulher, Bhutto era um símbolo.

Representava uma esperança para o Paquistão e para a democracia.

Foi a primeira mulher a ser chefe de governo de um Estado muçulmano (com tudo o que isso acarreta). E uma das mulheres mais famosas do mundo.

Determinada, corajosa, inteligente - era uma mulher e ainda para mais das bonitas.

Mas ela própria também era uma mulher corrupta, em que consta nos seus dois mandatos privilegiou esse veneno e mais a lavagem de dinheiro (em que foi destituida por isso mesmo). Então...?


É que também consta que ela lá iria uma terceira vez, eleita mais uma vez, se bem que nunca vamos chegar a saber.


O problema, meus caros amigos e amigas e na minha visão básica e simples de política internacional, é que o problema é o simples facto de ela ser mulher.


E no mundo muçulmano ser mulher... enfim, pior se é quem os comanda!


Isso é que é o problema, não a pseudo-democracia e estabilidade que o pais pudesse vir a alcançar no futuro próximo, ou até mesmo falando a nível internacional. Isso é conversa e clichés da moda.

Rezem mulheres, rezem, porque este mundo continua um caos de vergonha.

Wednesday, December 26, 2007

E sobre o Tempo do Amor...



Sempre que vejo um novo romance nascer, faço como o chinês que se senta à porta da sua casa e espera, espera o tempo que for preciso, até que tudo o que ele desejou se lhe atravesse na soleira.

O amor precisa de optimismo e de confiança, de dedicação e de generosidade, de alegria e de prazer, de riso e de entendimento, de cumplicidade e de adversidade, mas precisa sobretudo de tempo.

Tempo suficiente para ser vivido na presença e tempo de ausência quanto baste para ser medido no silêncio de um espaço vazio à mesa e na cama, ao final do dia quando nos apetece um abraço, ou durante os fins de semana em que imaginamos tudo o que poderíamos fazer juntos e estamos separados. Por isso é que é tão bom namorar.

Namorar é tão sensato como assinar um contrato que contempla o período de experiência. Estamos entusiasmados e motivados, o novo é irresistível e queremos dar o nosso melhor. Mas tudo na vida que é consistente e vale a pena leva muito tempo e também dá muito trabalho, por isso o melhor é ter calma e deixar correr até a poeira assentar.

[continua]

Monday, December 24, 2007

Há vésperas e vésperas...

Hoje tive que vir trabalhar, poderia não vir é um facto. Na empresa onde labuto no dia-a-dia, deram a escolher o 24 ou o 31 - oferta aos empregados - bonito!

Eu escolhi o 31.
Do 24 só vai ficar a manhã, porque a tarde também a deram - mais bonito ainda.

Como eu dizia, hoje tive que vir trabalhar, porque quis, porque não tenho que ficar em casa a fazer filhoses, porque não tenho ninguém para lá ir cear e por isso não tenho que nada preparar, porque falta isso mesmo: calor do forno, das conversas de cozinha, das azáfamas das toalhas de renda limpas e bem engomadas, das mesas bem enfeitadas e das luzes de Natal todas a funcionar.
Mas não deve ser só a mim que isso falta, porque hoje tive que vir trabalhar e cheguei atrasada, logo no dia que consegui sair a horas de casa.
Houve alguém que não aguentou, alguém que desistiu, alguém que perdeu a esperança e se lançou à linha, à linha do comboio e lá ficou... a sua carcaça, os histerismos de quem viu, o trauma na mente do maquinista que nada pôde fazer para o evitar e os desagrunhos de quem já ía atrasado e sem saber a razão, botava culpas e culpas na CP "- a mesma coisa de sempre, esta porcaria de comboios, sempre atrasados!"

Cheguei 1h e meia mais tarde, mas cheguei, o outro já não.
Livrou-se, quem sabe, de dívidas, da solidão, de traições, de desarranjo mental, de seja lá o que for.
Logo haverá um vazio na mesa dos seus familiares (se é que os tinha).

A minha véspera vai ser bem diferente, vou ao encontro dos meus, dos que ainda habitam o meu coração e é o que me ajuda a aguentar... só mais um pouco, deve bastar.
Este ano começa a já não haver filhoses, não há forças para bater a massa, o cansaço da idade encortiça as mãos e entorpece os movimentos. Também faz parte da vida, o envelhecer, o perder as pessoas que amamos pelo caminho, o encovar das olheiras e a meditação sem querer.
Mas eles ainda cá estão, os dois e depois temos o Afonso! E é o que importa.

Além disso as filhoses engordam e dão cabo do colesterol...

Boas Festas para todos!!!

Friday, December 21, 2007

Haja T€mpo!!

Pediram-me para falar mais de amor no meu blog, tenho tentado (: e mais uma vez vou ter que me render aos escritos da Margarida Rebelo Pinto.
Como sabem, não gosto dela nem um bocadinho, mas ela sabe escrever e no que escreve diz o que penso, que por desajeito mesmo, não consigo transmitir (tão bem).
Também é certo que em casa sou quem passa-a-ferro e faz o jantar e limpa a casa-de-banho e ajuda nos trabalhos de casa do Afonso e o leva à natação e enfim, posto isto pouco tempo e energia me resta para conseguir organizar idéias e butá-las em palavra escrita.
Mas parafraseando o mesmo do costume: "Quando não se sabe dançar, é a sala que está torta!"

Deixo-vos por agora apenas e só isto:

"O tempo está para o amor como o vento para os incêndios; apaga os mais fracos e ateia os mais fortes".
(continua)

Thursday, December 20, 2007

Um Amor para a Eternidade



A história todos conhecem:

Um principe apaixona-se por uma bela mulher que, por artes mágicas, com muita maldade à mistura, se transforma em cisne sempre que o sol se põe.


Pelo meio há o principe que se deixa enganar, a rainha-mãe determinada, o barão ardiloso e a rival oportunista.

No universo da fantasia, um homem pode amar um cisne, que pode amar um homem.

A CNB traz-nos este Natal o Lago dos Cisnes, esse clássico do amor para a eternidade.


Fantasia ou não, é preciso acreditar e querer para ir ver.

Eu acredito e vou ver...

Tuesday, December 18, 2007

Lembrando a fragilidade da vida



"Somos todos milagres. (...) Porque como seres humanos que somos, todos os dias tratamos da nossa vida e nunca perdemos de vista... todos nós sabemos que aquilo que amamos, as pessoas que amamos nos podem ser tiradas a qualquer momento.

Vivemos sabendo disso e mesmo assim continuamos."


In Little Children, Tom Perrotta

E às voltas por Buenos Aires...









... e assim fica um pouco do que vi e senti na Argentina. Não se deixem levar pelas aparências "idem" lá e confirmem por vocês!
Quanto a mim, mais mundo há para ver, haja t€mpo!

Thursday, December 06, 2007

Continuando pela Patagónia


















Regresso das Bolas de Berlim

Não é o delas, é o meu!

Vim de lá esta semana. São vendidas aos impares de três. São fôfas e muito menos oleosas que as nossas, pecam só pela falta do conventual doce de ovos. Comem-se bem, preferência (minha) com menos açucar. O tamanho é o ideal: pequenas e redondinhas.


E assim acabaram-se as férias e as viagens. Para o ano há mais, se t€mpo houver. E sempre o t€mpo...

Deixo um testemunho fotográfico por onde passei, mas não meu. A chuva e o enublado não deixaram que a minha modesta Polaroid registasse com dignidade e verdadeiro juz a magnificência da cidade. Que a tem, acreditem!
O jeito é um bocado como diz o outro que não sabe dançar: "A sala está é torta!"


Se forem a Berlim não deixem de:
  1. comer pão todo dia (existem para mais de 200 variedades deliciosas)
  2. trincar umas boas Bratwursts (salsichas) nas feirinhas típicas de Natal
  3. bebericar até ao fim as belas Krombacher (cerveja) fresquinhas
  4. dar um pézinho de dança nas pistas de gelo (cair tb faz parte)
  5. passear no Alexa (centro comercial do nosso Belmiro) se houver muita chuva e frio
  6. passear no Trepptower Park se houver sol
  7. visitar os museus: alvitro o do Judeu e o Pergamon
  8. e falar com as pessoas.

São acolhedoras, simpáticas e... corajosas - é que andar de camisa com 3°C é mesmo de alemão!