Wednesday, December 31, 2008

Tuesday, December 30, 2008

Sorry!



What have I got to do to make you love me
What have I got to do to make you care
What do I do when lightning strikes me
And I wake to find that youre not there
What do I do to make you want me
What have I got to do to be heard
What do I say when its all over
And sorry seems to be the hardest word

It's sad, so sad
It's a sad, sad situation
And it's getting more and more absurd

It's sad, so sad
Why cant we talk it over

Oh it seems to me
That sorry seems to be the hardest word
Elton John, Sorry

O orgulho, a frieza de sentimento e o egoísmo, entopem a alma e danificam empatias e relações.
No amor também.
Hoje acordei a ouvir esta música.
Na senda dos sinais ou por serem tempos de cólera entre as pessoas, resquícios há de esperança por um mundo (de pessoas) melhor. No qual eu própria me incluo.

Por vezes bastaria reconhecer o erro de nos termos esquecido de colocar na pele do outro.
Por vezes bastaria deixar-se ouvir o outro.
Por vezes um sentido "sorry" faz toda a diferença.
...em vice-versa.

Monday, December 29, 2008

Graham Greene said,

It is impossible to go through life without trust: That is to be imprisoned in the worst cell of all - oneself.

Monday, December 22, 2008

43 mulheres mortas em Portugal

Era este o número oficial até ontem, quando saiu a notícia no Expresso.
Mais 23 mulheres mortas que no ano passado!



São degoladas, queimadas vivas, levam tiros de caçadeira, são envenenadas, torturadas até cairem para o lado, esfaquedas até ao último suspiro.

E porquê?

Porque pediram o divórcio; porque deixaram de gostar dos maridos ou namorados e se querem separar; porque já estão separadas mas arranjaram um novo amor nas suas vidas; enfim tudo à roda do mesmo: ciúme! e (?).

Que raio anda na cabeça destes tipos?!
Que perfil tem esta gente que comete crimes desta estirpe?
Não se sabe.
O que se sabe é que a lei os protege, pelo menos por enquanto.

A lei não permite que os agentes façam detenções fora de flagrante delito e pior quando o crime ocorre entre 4 paredes.

Espera-se em 2009 que estes infames seres passem a usar a "pulseira", mas terá a polícia capacidade de resposta a tanto acto violento?

Só de queixas apresentadas (consta que as não apresentadas serão mais do dobro) foram este ano 23.427.

Conforme disse um psicologo da Assoc. de APoio À Vítima, actualmente não existe nenhuma forma imediata e legal de afastamento do agressor da mulher agredida sem que seja ela a abandonar o lar. É vítima duas vezes. A maioria opta por ficar e fiar-se na sorte.

Na APAV ensinam truques e regras de sobrevivência, eis algumas:

  • Nunca fugir para a cozinha ou garagem (risco de aí haver facas ou outras "armas"
  • Nunca fugir para a casa-de-banho (ficam encurraladas)
  • Não usar lenços ou colares cumpridos (facilitam a agressão)
  • Ter sempre dinheiro consigo
  • Decorar os números telefone da polícia ou de uma amiga
  • Ter um saco com roupa noutra casa ou no trabalho
  • Saber para onde ir se tiver que fugir
  • Possuir uma conta bancária secreta
  • Ensinar os filhos a ligar para a polícia
Não passam de dicas, mas que podem vir a ser úteis para quem sofre deste pesadelo.
O norte do país, os meses do verão e os períodos de descanso lideram nos números das fatalidades, no entanto o estrato social, formação académica ou perfil psicológico do agressor-tipo não está definido, nem há nenhum factor chave apurado.

A estas vítimas da violência doméstica já não importam as estatísticas, mas nunca é demais relembrar aos vivos o que algumas sofreram.

*Agostinha Martins 1984-03/08/08 Valongo
O namorado que conheceu num "chat", baleou-a na mata e aí a deixou.
A PJ teve de lançar um apelo para a identificar

*Fabíola Silva 1978-10/11/08 Gaia
Foi à Galiza buscar a filha de cinco anos que o ex-marido não entregara.
Ele esfaqueou-a numa estação de serviço.

*Anabela 1976-26/05/08 Açores
Francisco recusava o divórcio.
Marcou um encontro num parque de estacionamento e baleou-a.
Depois, no carro, matou-se.

*Fátima Pereira 1977-30/10/08 Nelas
Assinada na sua cama pelo ex-marido, a tiro de caçadeira.
Matou também o namorado.
Os quatro filhos ouviram tudo.

*Dina 1974-10/10/08 Açores
Raptada, torturada vários dias e baleada na cabeça pelo marido, com a ajuda de cinco familiares.
Decorria o divórcio.

*Cristina Candeias 1969-12/07/08 Grândola
Vinha das compras com o filho (14) quando o ex-marido lhe saiu do caminho.
Matou-a com uma faca de esquartejar porcos.

*Natália Teixeira 1959-08/07/08 Ermesinde
Tinha-se separado há um ano, mas o "ex" insistia no regresso.
Matou-a com quatro facadas no coração.
Deixa sete filhos.

*Maria Cindinha Peixinho 1935-19/07/08 Gondomar
Esfaqueada pelo marido, no quarto do casal.
Arnaldo matou-se de seguida.
Na sala decorria um almoço de família.

E podia continuar, já que a lista é imensa.

E imensa é a minha esperança que a comunicação social não se fique por aqui, não se fiquem pelos números e pelos nomes nas placas de "Aqui Jaz" e continuem a vir a lume estas atrocidades, que os agressores sejam devidamente punidos e que a justiça seja feita.

Por estas e por outras que continuo na dúvida de opinião em relação à Pena de Morte...

Saturday, December 20, 2008

O que nos faz sentir bem...

1. Apaixonar-se.
2. Rir tanto até que as faces doam.
3. Um chuveiro quente num Inverno frio.
4. Um supermercado sem filas nas caixas.
5. Um olhar especial.
6. Receber correio.
7. Conduzir numa estrada linda.
8. Ouvir a nossa música preferida no rádio.
9. Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.
10. Toalhas quentes acabadas de serem engomadas...
11. Encontrar a camisola que se quer em saldo a metade do preço.
12. Uma chamada de longa distância.
13. Uma boa conversa.
14. Passear na praia.
15. Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o último Inverno.
16. Rir-se de si mesmo.
17. Chamadas à meia-noite que duram horas.
18. Correr entre os jactos de água de um aspersor.
19. Rir por nenhuma razão especial.
20. Alguém que te diz que és o máximo.
21. Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.
22. Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.
23. O primeiro beijo (ou mesmo se houver um novo parceiro).
24. Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.
25. Haver alguém a mexer-te no cabelo.
26. Belos sonhos.
27. Andar de baloiço.
28. Embrulhar presentes sob a árvore de Natal comendo chocolates e bebendo a bebida favorita.
29. Letra de canções na capa do CD para podermos cantá-las sem nos sentirmos estúpidos.
30. Ir a um bom concerto.
31. Receber de amigos biscoitos feitos em casa.
32. Andar de mão dada com quem gostamos.
33. Patinar sem cair.
34. Observar o contentamento de alguem que está a abrir um presente que lhe ofereceste.
35. Ver o nascer do sol.
36. Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer outro belo dia.
37. Amar.

Sunday, December 14, 2008

Gresso... REgresso, o meu regresso

Voltei, enregelada até às orelhas, mas de alma cheia.

Bom tempo por lá, tendo em conta a época do ano e a latitude dos destinos.

Apraz informar que lá na Europa, mesmo com o diminuto sol, mesmo com a crise financeira que a todos rasga a consciência sempre que se pára num Starbucks ou se mete os pés numa grande superfície, como eu dizia, por lá as coisas são sempre melhores que cá.

São organizados.

São limpos.

São afáveis.

São da Europa.



Comecemos por Munique. Terra de germanos, frios, altivos e arrogantes: Não podia ser mais errado!

Segunda vez que lá vou e o mesmo se encontra.
Gente simpática, alegre, bon-vivants, adeptos da cultura, do desporto e da "cidade verde" (não de musgo, mas livre de poluição).

Ser plana ajuda, é verdade, mas a cidade mesmo com 3ºC abunda em ciclistas. E em cerveja.

Época do Natal, época dos mercados ou feiras de natal.

Aos molhos, as salsichas, as saladas de batata e mais pratos típicos cujo nome leva mais tempo a dizer do que a comer. Fazem, portanto, a alegria dos residentes, dos turistas e do presidente da câmara.

A cidade tem vida, mesmo com 3ºC a meio da tarde.



A uma hora e meia de comboio está Salzburg.

Cidade de Wolfgang Amadeus Mozart e de tantas outras gentes de certo nalguma coisa talentosas.

Fazendo jus à tradição, também ela exibe por tudo que é cantinho agradável, uma feirinha ou mercadinho de Natal.

Mesmo espírito: vinho quente ou punsch, salsichas das mais variadas formas, gostos e conteúdos, salada de batata, cerveja com fartura, etc, etc

Por lá rodaram o filme "Música no Coração".

Engraçado como a visita a um cemitério normalíssimo só porque foi palco de uma das cenas do filme, ganha outra amplitude. O mesmo se diz do convento, do passeio à beira rio, da montanha e de tudo por onde andaram em cena.

Subimos com a ajuda do vento, duas montanhas: a dos monges Capuchinhos e a do castelo. Altaneio e mestre em nos tirar o folego, é abismal o que de lá a nossa vista alcança. Fabuloso.

Regressámos a Munique já era noite dentro (pelas 17h já o lusco-fusco nos saúda).


Seguimos viagem no dia seguinte para Veneza.

Não há duas sem três e mais uma vez lá fui. Não me canso.

De Veneza tudo o que se disser fica aquém do que ela é, do que ela nos faz sentir e do que ela chegou a representar no mundo.

As cheias são anuais. A cada Inverno tudo se repete. O Mar Adriático incha de grado e banha as ruas de Veneza lembrando que a cidade assenta em estacas faz 1600 anos.

Os canais que a atravessam, as pontes que a ligam, a azáfama de comércio que não pára e os turistas que de gôndola enamorados passeiam por ela, faz tudo parte dum cenário inesquecível, mágico e bonito. Idem lá, mais não dá para dizer.


De Veneza voamos para Londres.

Outra cidade, a tal que me satisfaz não duas vezes, mas já faz seis (só).

Muitas mais visitas merece.

Museus fantásticos que convidam a passar dias inteiros lá dentro, não só pelo frio do exterior mas pela riqueza de espólio que albergam.

É certo que no famoso Museu Britânico a ala egípcia é um atentado por tudo o que trouxeram (ou rapinaram), mas conhecendo bem os indígenas dessas terras: melhor está, onde está.

Outra maravilha é o National Gallery.

Não conheço (ainda) o Louvre, mas passei por muitos outros, Prado e a Alte Pinakoteca incluídos e este museu merece um louvor. Prima pelas obras expostas, pelo espaço que as acolhe, pela abertura às camadas mais jovens (workshops e aulas de explicação das pinturas aos mais pequenitos) e pela entrada grátis!

Aliás, tal como no Museu de História Natural.

A interacção com a criançada (e os adultos) dá uma conotação de feira popular aos museus, fazendo com que por lá se diambule em pompa e pasmo.

Copiamos tanta coisa, porque é que nunca copiamos o que de melhor há por esse mundo fora? Algum vírus deixado pelos nossos navegadores certamente, já que posteriormente a essa época o declínio da nossa entidade tem sido atroz.

Melhores tempos virão... e há que continuar a navegar, já que navegar faz mesmo falta!