Em frente ao local onde trabalho existem três hoteis, um banco, vários escritórios e um hospital.
Da janela do meu gabinete, posso gloriosamente observar o jardim do hospital tão hábilmente repleto de lindíssimos jacarandás.
Por alturas de Maio e Junho é um gosto vê-los floridos. Cachos de bonitas flores, cores airosas e doces ao olhar.
Gosto dos jacarandás.
Mas, enchem a calçada de folhas que depois de pisadas pelas inúmeras pessoas que ali passam, marcam o chão deixando um rasto de cor púrpura e sujidade... para os insensíveis!
Para mim são tons violetas, lilases e rôxos de fazer inveja a uma qualquer palete de pintor, que eu adoro pisar e ver no chão.
Do lado exterior existe um passeio com lugares de estacionamento... a pagar... e bem!
Hoje pela manhã pude observar, não só o merecido descanso dos jacarandás, preparando as seivas para no próximo ano nos deleitarmos com novas e maravilhosas flores, mas também dizia eu, pude observar que um casal louro, jovem, moderno e do mesmo sexo (!), tirava do retrovisor do seu carro de matrícula estrangeira, uma daquelas famijeradas publicidades que não servem para nada, a não ser dar cabo das árvores para o papel, e do ambiente com a impressões das tintas envernizadas.
Reparo que abrem o porta-bagagens e deitam lá para dentro o papel.
Entram no carro e seguem...
Passados nem 2 minutos, chega um executivo por certo a avaliar pela vestimenta azul cri-cri, pela mala que trazia e pela pressa em desligar o alarme do carro, para depois se deparar também ele com o papel publicitário quando guardava no porta-babagens a sua mala de executivo.
Homem maduro, moreno, matrícula do carro portuguesa e advinhem... papel para o meio do chão!
Não era o único. Contei 5 papeis do mesmo tamanho pelo chão do passeio.
Por certo os mesmos insensíveis que julgam ver nas folhas caídas dos jacarandás poluição pela natureza.
2 comments:
Conclusão: os louros são mais amigos da natureza que os morenos.
(Re)conclusão: estás a precisar de mais férias!
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