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Sunday, December 14, 2008

Gresso... REgresso, o meu regresso

Voltei, enregelada até às orelhas, mas de alma cheia.

Bom tempo por lá, tendo em conta a época do ano e a latitude dos destinos.

Apraz informar que lá na Europa, mesmo com o diminuto sol, mesmo com a crise financeira que a todos rasga a consciência sempre que se pára num Starbucks ou se mete os pés numa grande superfície, como eu dizia, por lá as coisas são sempre melhores que cá.

São organizados.

São limpos.

São afáveis.

São da Europa.



Comecemos por Munique. Terra de germanos, frios, altivos e arrogantes: Não podia ser mais errado!

Segunda vez que lá vou e o mesmo se encontra.
Gente simpática, alegre, bon-vivants, adeptos da cultura, do desporto e da "cidade verde" (não de musgo, mas livre de poluição).

Ser plana ajuda, é verdade, mas a cidade mesmo com 3ºC abunda em ciclistas. E em cerveja.

Época do Natal, época dos mercados ou feiras de natal.

Aos molhos, as salsichas, as saladas de batata e mais pratos típicos cujo nome leva mais tempo a dizer do que a comer. Fazem, portanto, a alegria dos residentes, dos turistas e do presidente da câmara.

A cidade tem vida, mesmo com 3ºC a meio da tarde.



A uma hora e meia de comboio está Salzburg.

Cidade de Wolfgang Amadeus Mozart e de tantas outras gentes de certo nalguma coisa talentosas.

Fazendo jus à tradição, também ela exibe por tudo que é cantinho agradável, uma feirinha ou mercadinho de Natal.

Mesmo espírito: vinho quente ou punsch, salsichas das mais variadas formas, gostos e conteúdos, salada de batata, cerveja com fartura, etc, etc

Por lá rodaram o filme "Música no Coração".

Engraçado como a visita a um cemitério normalíssimo só porque foi palco de uma das cenas do filme, ganha outra amplitude. O mesmo se diz do convento, do passeio à beira rio, da montanha e de tudo por onde andaram em cena.

Subimos com a ajuda do vento, duas montanhas: a dos monges Capuchinhos e a do castelo. Altaneio e mestre em nos tirar o folego, é abismal o que de lá a nossa vista alcança. Fabuloso.

Regressámos a Munique já era noite dentro (pelas 17h já o lusco-fusco nos saúda).


Seguimos viagem no dia seguinte para Veneza.

Não há duas sem três e mais uma vez lá fui. Não me canso.

De Veneza tudo o que se disser fica aquém do que ela é, do que ela nos faz sentir e do que ela chegou a representar no mundo.

As cheias são anuais. A cada Inverno tudo se repete. O Mar Adriático incha de grado e banha as ruas de Veneza lembrando que a cidade assenta em estacas faz 1600 anos.

Os canais que a atravessam, as pontes que a ligam, a azáfama de comércio que não pára e os turistas que de gôndola enamorados passeiam por ela, faz tudo parte dum cenário inesquecível, mágico e bonito. Idem lá, mais não dá para dizer.


De Veneza voamos para Londres.

Outra cidade, a tal que me satisfaz não duas vezes, mas já faz seis (só).

Muitas mais visitas merece.

Museus fantásticos que convidam a passar dias inteiros lá dentro, não só pelo frio do exterior mas pela riqueza de espólio que albergam.

É certo que no famoso Museu Britânico a ala egípcia é um atentado por tudo o que trouxeram (ou rapinaram), mas conhecendo bem os indígenas dessas terras: melhor está, onde está.

Outra maravilha é o National Gallery.

Não conheço (ainda) o Louvre, mas passei por muitos outros, Prado e a Alte Pinakoteca incluídos e este museu merece um louvor. Prima pelas obras expostas, pelo espaço que as acolhe, pela abertura às camadas mais jovens (workshops e aulas de explicação das pinturas aos mais pequenitos) e pela entrada grátis!

Aliás, tal como no Museu de História Natural.

A interacção com a criançada (e os adultos) dá uma conotação de feira popular aos museus, fazendo com que por lá se diambule em pompa e pasmo.

Copiamos tanta coisa, porque é que nunca copiamos o que de melhor há por esse mundo fora? Algum vírus deixado pelos nossos navegadores certamente, já que posteriormente a essa época o declínio da nossa entidade tem sido atroz.

Melhores tempos virão... e há que continuar a navegar, já que navegar faz mesmo falta!

Thursday, November 27, 2008

Por essa Europa fora...

Segundo um Inquérito Social Europeu, os portugueses estão descontentes com a qualidade da democracia e desinteressados da política.

Mais que os portugueses estão os húngaros e os ucranianos.
Os mais interessados e satisfeitos são os dinamarqueses, suiços e finlandeses.

Parece tão expectável que assim seja.


Os autores do estudo referem que "é interessante constatar que a participação cívica e política está fortemente associada com todas as dimensões do bem-estar: os indivíduos com maiores índices de confiança interpessoal, interesse político, envolvimento comunitário e participação em actividades políticas e mais satisfeitos com a qualidade da democracia são também os que expressam maior bem-estar social, subjectivo e psicológico".



Não admira que, entretanto, o (des)graçado do Obama seja a vontade de Cristo descido à Terra.

Quem fica tramado é o Dr.Marcelo (:

Tendo em conta estas análises, e face à vontade de me sentir tão "a la européenne", não me vou de mala de cartão para a Suiça, emigrar tristemente deixando o meu país para trás, embora pouco me lixando porque o que na verdade a malta quer é boas condições de vida (se pudesse era que eu também faria, não tenham dúvidas!).





Mas antes tou sentadita a ganhar asas, para não tarda me pôr na alheta, no meu caso alegremente deixando o meu país e nas mãos do acaso o futuro da nação.


O que me preocupa nesta bem-aventurança são os ventos e nuvens negras que literalmente pairam por essa Europa fora...


À cautela, levo um chapéu-de-chuva comigo e um gorro caso haja granizo!

Fiquem bem e até ao meu regresso.

Wednesday, November 12, 2008

Londres

When a man is tired of London, he is tired of life, for there is in London all that life can afford.
Dr.Samuel Jackson, 1709-1784

Pois que em breve por lá estarei de novo, que é terra que me agrada a bandeiras despregadas.

Tuesday, October 14, 2008

Regresso de Praga


Praça Velha da cidade



Cidade primor para qualquer estudante de arquitectura, de arte e cultura medievais, de história da Europa Central ou de folclore e costumes.


Arte Nova no seu esplendor.


Primazia para a organização, beleza e cuidado do património cultural e urbano.
Espólio fantástico e carisma sedutor.
Cada vez e sempre que por lá passo, deixo-me enfeitiçar.

Praga, República Checa. Europa Central.


Palco de muitas invasões, posição estratégica invejada por muitos dos que a rodeiam.
Praça Venceslau: se as estátuas e as árvores falassem, muito se contaria sobre as brutais manifestações, as inglórias revoltas e as mudanças... muitas.... de mentalidades, de regime e de vidas.


No Outono amanhece em neblina, humidade fria que se dissipa com a força dos raios do meio-dia.


As tardes rompem com sol, energia que engrena mais bem-estar e vistas mais apuradas para o vestuário de eleição das moças checas: as micro mini-saias!
Mas não é só pelas belas pernas d(algum)as checas que lá vale a pena voltar.

Praga tem uma veia artística que é um manancial de criação e novidade.
Exposições temporárias pela cidade, de acesso livre a todos, mostram que continua viva.


Desde cedo que às crianças lhes é ensinada a sua cultura artística: pela arte, pela música, pela dança. Aulas obrigatórias para que a cultura checa nunca se perca, já que o perigo da aculturação anda sempre eminente.

Pecam apenas na gastronomia, não há nada que se possa chamar prato típico checo.


Tudo ronda à volta dos cozinhados austríacos, alemães, húngaros ou dos modernos fast food nas variantes de pizzas e hamburguers.

O mais checo que por lá existe é o pão de centeio com salsicha e molho mostarda: o menu nr.10 das roulottes russas espalhadas pela praça Venceslau.


Imperdível:
  • Ponte São Carlos (fora da hora de ponta);

  • Praça Antiga Central com relógio astrológico e a estátua ao revolucionário Jan Hus;

  • Castelo de Praga com Catedral de São Vito e a Travessa Dourada (conjunto de antigas casas de ourives do rei, hoje lojas de souvenirs);

  • Igreja São Nicolau, para concertos de música clássica;

  • Bairro Judeu, com as sinagogas e o museu judaico;

  • Avenida Paris com as suas lojas "tchan";

  • Bairro de Vyserad com as vistas mais bonitas da cidade;

  • Igreja Nossa Senhora da Vitória que alberga o original Menino Jesus de Praga;

  • Teatro Negro, típica representação Praguense;
  • Teatro das Marionetas, representação primorosa de Don Giovanni;
  • Praça Venceslau, com o monumento à memória dos dois mártires da Primavera de Praga 1968

  • Menu nr 10 das roulottes russas da Praça Venceslau;

  • Na Celetná, ou Rua dos Cereiais com lindíssimos edifícios;

  • Na Prikopré ou Rua do Fosso, construída onde noutra época estaria o fosso do castelo da cidade. Cheia de cafés, lojas e restaurantes, conduz directo à Câmara Municipal e divide a parte antiga da cidade da parte nova;

  • Museu Alfons Mucha, "pai" da Arte Nova, com bem apurada informação sobre a vida e a arte do artísta;

  • Câmara Municipal. Obrigatório uma visita guiada ao interior;

  • Boa pomada para distenções cervicais, já que edifício sim, edifício sim é digno de reparo e assim passa umas férias a olhar para o ar.
Quanto tempo? Pelo menos 3 dias se andar a bom ritmo e ainda sobra para um pedaço de gosto e desfrute numa das esplanadas do centro.



Idem lá para ver se falo verdade!



Ponte Carlos, neblina matinal



Travessa Dourada, Castelo de Praga





Busto de Kafka, na esquina da casa onde nasceu e viveu e que dá o nome à rua

Thursday, October 09, 2008

Este fim de semana...


Lá vou eu... de novo... porque navegar é preciso.
E voltar aos lugares que nos dão prazer, também é uma forma de nos fazermos por estar felizes (qual quer que seja o conceito).
Sarasvati, quem disse (:

Thursday, September 18, 2008

O Regresso do Salvador

Era bem chamado para aqueles lados, que nem o nome lhes chega.

São Salvador, da Baía, Brasil.

Lá fui, 500 anos depois do outro.

Ironia da coisa: o avião que nos levou tinha o seu nome: Pedro Alvares Cabral... abanou que se fartou, mas aterrou são e salvo e nós também.

Terras de Vera Cruz, Aracajú, Brasil.
Afinal os franceses é que detêem por lá a fama de descobridores e não os portugueses.
Aracajú é uma madeira de cor avermelhada, a mesma cor com que se pincelavam e cobriam os indígenas aquando da chegada das gentes ditas "civilizadas".

Para os franceses, parecia brasa e vai daí que os chamam de brésiliens = os tipos brasa (!), o que degenerou em terras de Brésil, ou seja o actual Brasil.

"Sorria, porque está na Baía"!
É o lema, uma frase que se ouve em todas as bocas quando se percebem que somos turistas. Até os portugueses só porque falam "diferente" passam de povo irmão a mero turista.

Mas não é fácil sorrir.

Meninos de rua (a pedir para droga), idosas a mendigar, mais idosas que te grudam para ler a sina (a mesma para todos), outras com fitinhas do Bonfim da Baía dizendo que são "ofertas do coração" mas de olho no que trazes, sorrisos a pedir "compra na minha loja", homens saudáveis pelos cantos das ruas fumando, tomando chôpe (cerveja) em pleno dia e olhando as bolsas de quem passa, mulheres penduradas nas varandas e pelas ruas de 3 em 3 portas, polícia para nos proteger.
Pena.
Zona turística faz juz à vontade da "Nova Lisboa" que o nosso D. JOãoVI quis erguer em Salvador. Conseguiu.

Quase pareceu não ter saído de cá, aliás parecia mesmo que estava na Cova da Moura, na Brandoa, ou no bairro do Lagarteiro!
Favelas, é o que temos saindo da zona do Pelourinho, do Mercado Modelo. Favelas.
Pena.
A cor da água do mar, cristalina e azul turquesa, limpa (!) e apelativa ao mergulho.

Deus, Jesus, Nossa Senhora, Cristo, Felicidades, Deus lhe ajude, Deus lhe pague. Dito e escrito, desde que se levantam até que se deitam.

Baía tem uma geografia LINDA! Paisagens fabulosas, um clima excepcional, fruta deliciosa e as Havaianas ao preço da chuva.
Três horas chegou e sobrou: compras no Mercado Modelo, passeio pelo Pelourinho, visita à dislumbrante Igreja em ouro de São Francisco e a descoberta do Projecto Axé.

Axé recupera meninos de rua, não tem mãos a medir, mas só para aqueles que querem, que anseiam em mudar a sua vida.
Cedo pelos 7 ou 8 anos, são assediados e lançados no consumo do craque.
A realidade ali a cores, escuras, porque essa é a tonalidade do povo da Baía.
Povo oriundo da mescla de raça negra e indiana - escravos.
Contam terem passado por ali ca. de 5 milhões de pessoas... escravas.
Ficou o mercado onde se compravam e vendiam, ficou a sua cultura na gastronomia, na dança, na religião, no cheiro do ar.

Sete dias de férias no paraíso, grã-fino, seguro, luxuoso e animado do resort de selva à beira mar na ilha fronteiriça e a uma hora de barco de distância de S.Salvador.
Isso e 3h de vida real.

Fomos para a Ilha de Itaparica.
Para os indígenas "ita" significa pedra e "arica" significa rodeada de água.
Apesar de todos mordidos pelos moruins, ou seja melgas tropicais um pouco mais famintas que as da Europa, disfrutamos de uns dias fabulosos, num clima fabuloso, com gente fabulosamente animada e simpática e fabulosamente divertida.

Afonso já me dizia que não queria mais estudar, porque "viver assim é que é divertido!"

Seguem as fotos e avaliem por vós mesmos.

A mim resta-me agradecer ao Salvador Cristo-Rei, à mãe do Salvador Cristo-Rei por me irem mostrando o que o mundo é.
Cá vou enriquecendo, como posso.

Haja t€mpo para mais!

Apraz informar que aqui estive por ter ganho um prémio num dos Jantares de Natal do meio turístico (:

Passagem entre o coqueiral e a praia


Bungalows onde dormimos... mais os moruins e as osgas

Academia frente ao lago

Praia do resort para aprender vela e windsurf e pesca do caranguejo


Não consegui tirar aos moruins, mas deu para registar uma das milhentas iguanas que passeaim pelas ruas do resort.
Não nos ligam nenhuma!


Elevador Lacerda, o mesmo que nos traz da parte Baixa (onde está o Mercado Modelo) para a parte Alta da cidade - onde está o Pelourinho e a igreja de S.Francisco.

Wednesday, August 27, 2008

Fora do meu quintal



Na próxima semana aqui estarei a mais o meu Afonso.... a banhos e a cuscar.
Curiosa por saber o que por lá se faz, se come, se diz, se pratica, se esconde, se joga, se vende, se ouve, se vê, se oferece, se aprende, se bebe, se passeia, se anseia e se planeia.
E se lá nevasse, fazia-se lá ski!

Voltarei para contar...

Saturday, August 02, 2008

Às voltas por...

... terras de Buda e Peste...



... e da Paprika!






... pela terra da Sissi: carcaça do seu palácio ao fundo (Peste).
Foi recuperada a fachada depois do incêndio e hoje é museu.



... lindo!
Pode parecer um espanador a pilhas, mas é o cão húngaro


... Parlamento, onde se parlamenta.



... pormenor dos "poisos" para charutos!
Apenas para curiosidade turística. Já não têm uso.
Estão no corredor que antecede a entrada da sala onde parlamentam.
Não se fuma dentro do edíficio.


... matrícula húngara.



... carro húngaro




... pormenor de um edíficio em Buda.



... mercado em Buda. Croissants de sementes




Paprika com fartura

Museu Judeu

Cabeleireiro... sério.

Termas Géllert e lá dentro os banhos quentes.


E finalmente, a vista do alto do palácio da Sissi para Ponte das Correntes e o nosso palácio Gresham mesmo em frente.

Saturday, July 19, 2008

Rastos de Ljubljana - Eslovénia


Arte no jardim da cidade


Arte nos caixotes para embalagens



Matrícula


Praça Preseren (homenagem ao maior poeta esloveno) com as três pontes que atravessam o rio

Dragão simbolizando protecção da cidade (é também representado no brasão da mesma)

Placa indicadora de (z)ona pedonal

Banca duma feira da ladra local

Vitamina restabelecedora, produzida no país (cerveja Lasko)

Esplanadas pelas margens do rio

Monday, June 23, 2008

Israel - 60 anos




Estava lá.

No dia em que comemoravam 60 anos de existência enquanto Estado.
Foi no dia 08.Maio.

Míseros Km separam as duas fronteiras: Jordânia e Israel, mas pareceu-me ter andado Hectares: dum lado impera o conservador e o tapado, do outro reina o liberal e o escancarado.

Algum nervoso pela euforia da travessia, pela aventura de entrar num país odiado por todos os que o rodeiam e pela piada do tão polémico visto de entrada no passaporte.

Durou uma hora até que caimos em nós...

Rapidamente nos adaptamos e habituamos às metralhadoras que vagueiam pelas ruas penduradas nas ombreiras dos homens que desfardados nos guardam, protegem ou defendem.
Rapidamente nos habituamos a mostrar o saco ou a mala de mão à entrada dos centros comerciais e mercados de rua.
Rapidamente nos adaptamos a passar pelo raio-x enquanto conversamos sobre as caríssimas xanatas da sapataria da entrada ou o aspecto delicioso das maçãs na bancada da fruta em frente.

Beberica-se um granizado de fruta cheio de corantes, desfrutamos de umas braçadas refrescantes no Mar Vermelho, lavam-se as vistas depois de 10 dias de celibato ocular e deparamo-nos com a singela conclusão de que ali estão homens e mulheres e crianças, como nós.

Que noutra língua riem, que noutra cultura se reunem em família ao dia de descanso, que apesar da insegurança do dia-a-dia, vivem sedentos de paz e amor e nos acolhem na sua comunidade sem receios nem preconceitos.

Shalom!







Tuesday, June 17, 2008