Wednesday, June 20, 2007

Juras de Amor - filosofias de escada


Bom, muita tinta e lágrima já rolou sobre este tema e mais sangue rolou ainda.
E mais há-de continuar.
O Enamoramento, o Cortejar, o Seduzir, a Paixão, o Amor, o Caçar e o Prender - tudo ingredientes da mesma poção.
Uns têem mais disto, outros mais daquilo e há ainda os que têem todos eles!
As juras de amor surgem numa época em que a leviandade, a promiscuidade, para além de enfraquecer os espermatozoides e assim arriscar a qualidade da espécie humana, também era um factor social que imperava surgir.
Convinha que houvesse o conceito de família, o da pertença de seres num mesmo seio e assim a monogamia, patriarcal claro, conhece o seu esplendor.
Bom, nos dias de hoje, para além de existirem muitas sociedades "diferentes" com conceitos e vivências "diferentes" o que é certo é que por cá continuamos com esta cultura: a da família através do enjaulamento dos seres.
ERRADO!!
As pessoas fazem juras de amor por quererem companhia, por acharem que assim asseguram uma proteção ou uma vida fácil e raramente são as que o fazem porque realmente amam e sentem que amam o outro.
Cada ser é único e independente e por isso mesmo livre (tb não precisa ser selvagem! como reza a música).
Prender outra pessoa só porque gostamos dela é errado.
Dá mau resultado para ambos e nenhum acaba por ser feliz.
Jurar amor só porque nos ensinaram que a Cinderela viveu feliz para sempre depois de casar, ou porque casamento é para a vida inteira ou porque isto e aquilo... é errado!
Jurem amor quando sentirem amor e percebam que nada é eterno e que tudo se pode transformar (não acabar).
Aceitem que o outro pode deixar de gostar, que nós próprios nos modificamos e por vezes evoluimos noutro ritmo diferente do que o do/a nosso/a parceiro/a.
Não devemos nunca pôr em causa o conceito de juras de amor!
Só porque tivemos azar com a pessoa que nos jurou amor, só porque foi leviana e tinha outros interesses que não os mesmos que nós, só porque a sua imaturidade emergiu e destruiu a nossa relação, só porque isso aconteceu uma, duas ou três vezes, não significa que todas as pessoas que encontrarmos sejam TODAS assim.
Infelizmente, já vão sendo cada vez menos, mas ainda existem.
Ainda existem pessoas em quem podemos confiar, que são sinceras no que afirmam, que são capazes de largar o objecto que amam na hora devida (sem rancores, sem mágoas) que são evoluidas emocionalmente e que assim ainda valem a pena!

5 comments:

notyet said...

As juras são de paixões.
O amor, do autentico, não se confunde com paixões. É sereno...
Sinto a tua dor...

**** said...

Pode até ser, mas não chamaria dor, antes "percepção nua e crua".

A dor é relativa: tudo depende do que conseguimos aguentar, do que já calejou, do que damos importância.

Pelo que venho a aperceber, o tempo vai resolvendo, vai ensinando - pena que nos mata a todos no fim!

**** said...

E essa serenidade do amor, alguém a conhece?
Ou será que é apenas uma forma do preconceitos ver o amor: sereno?

notyet said...

Talvez.
Não me consta a sobrevivencia dum amor tempestuoso. No amor depois da tempestade,a bonança é ilusória.
E talvez a serenidade não tenha a ver com os outros, esteja apenas em nós. Isso leva-nos a ter cuidado com os sapatos apertados, pior ainda os de cristal.

osbandalhos said...

A coisa mais interessante no casamento é a fidelidade. Se não estás preparado para ela não te cases.