Wednesday, June 20, 2007

Osgaaas

Blaghhhh!!!



A minha mãe é a mulher mais valente que eu conheço, a mulher mais forte e a mulher mais controlada que existe... mas fica em trânse quando vê osgas!



Hoje quando chego a minha casa, depois de largar as compras no chão da cozinha, ir a correr despachar o Afonso com os dentes e o pijama e o brinquedo da cama e a água e isto e aquilo, volto à cozinha e... deparo-me com uma osgona bem no meio do lava-loiça!!! Arrrggghhh!!!!



Era daquelas mesmo carnudas, com bicos nas costas, ventosas nas patorras, parecia uma iguana encolhida!! Arrrggghhh!



Deixei o miudo na casa-de-banho a lavar os dentes e fui-me de armas e bagagens, qual Joana d'Arc do Séc.XXI.



Quem me visse, participava ao Júlio de Matos de certeza!

Artilhei-me de água a ferver, luvas do forno (não fosse ela saltar para cima de mim), de faca de serrilha, encomendei a alma dela ao Senhor, pedi perdão pela morte duma inocente (mas era eu ou ela) e lá vai disto!

Horrível... queimei-a viva!

Só espero não ter pesadelos disto, ou melhor, que o gang dela não venha a atrás de mim!



Bom, quando me preparava para a tirar dali (sacos plástico e guardanapos) ela mexe-se!!! Arrrggghhh! Não sei como não tive um ataque cardíaco com o susto!!



Mas foi o último suspiro, porque depois disso, finou.



Todo este trauma deve-se, não aos que passei com o histerismo da minha mãe quando aparecia uma lá em casa, mas sim, porque e da última vez que tive um encontro com outros familiares desta, fiquei de baixa em casa!!

Eu explico:



Nas Maldivas há um dizer (pelo menos naquela ilha era assim) em que "quem tivesse osgas no quarto era rei - não tinha mosquitos!"

Efectivamente, ao fim do 2. dia habituei-me a dormir com 4 olhos luminosos toda a noite bem por cima da minha cabeça (eram duas osgorras), porque bem via a malta que não as tinha e como andavam todos com a cara "em obras!"

Ora o terror aconteceu no dia seguinte ao chegar a Lisboa: fui de urgência para o hospital com uma borbulhagem cheia de pûs e líquido (!), uma comichão tão feroz que só me sentia bem a esfregar-me pelas paredes (não era a subir!). As paredes tinham aqueles piquinhos e o que isso me aliviava...

Conclusão: então as senhoras osgas andaram a passear na minha roupa e deixaram pessonha!

O suficiente para me fazer aquela alergia maluca e "à pala" disso quase me matei de tanto me coçar.



Por isso, osgas me desculpem, mas vão morrer longe!!

1 comment:

notyet said...

Se vestirmos a pele da osga e pressentirmos um humano por perto o terror será tremendo.
Há portanto que aceitar as suas pequenas defesas, respeitando-as, na medida que o mosquito é, para nós, bem mais terrivel.
Na verdade, gosto dos outros seres, não de todos.
Fica bem, fica na luz.