Thursday, August 30, 2007

Histórias de Embalar (Cap VI)

Os resultados tinham acabado de chegar, Katya a receio abriu a carta que dizia... estava grávida !
Pulos de contente, abraçou as colegas numa contagiosa euforia tal que todo o serviço, emocionados, partilhavam da mesma alegria.
Katya tinha conquistado para além do coração de Pedro, o dos colegas e das crianças dali do hospital. Ela era meiga, atenciosa e muito amiga. Todos a adoravam.

Ansiosa por dar a notícia, resolveu ir pessoalmente. “- Preciso ver a cara dele, quando lhe disser! », pensava ela em êxtase e correndo para o seu Opel Corsa Cabriolé contando acelarar o ronco do motor nem que fosse até à linha vermelha .

Enquanto isto Pedro, trabalhava para que tudo estivesse pronto para logo à noite. Para a inauguração da nova casa, da nova mansão.
Sabe Deus conseguida a que custo. Era a inveja contida dos vizinhos, dos lavradores da região.

Oito da noite, hora marcada para a grande festa e já se avistavam alguns convidados a chegar ao fundo da quinta. A casa estava linda.
Pedro tivera o cuidado de não esquecer nenhum pormenor desde a decoração do jardim, à decoração da sala, à escolha das flores, às ementas e acepipes, tudo estava impecável.

De Katya nada.
Pedro falara com ela pelas 4 da tarde, dissera que ía já sair do hospital para fazer umas comprinhas e que logo voltava para casa – tinha boas notícias, mas não dissera o quê.
Pedro não era curioso, mas sentira pela sua voz que iria ser o dia mais feliz da sua vida.

Chegados os primeiros convidados Pedro começou a ficar preocupado. Não ter ali a seu lado Katya estava a ser muito desconfortável.
Já tinha ligado para o telemovel umas 3 vezes, mas devia estar sem bateria, porque dava logo o voice-mail… Valia-lhe a Dª Firmina, a governanta do vizinho que lhe viera dar uma ajudinha e que sabia receber como ninguém.
Reformada, mas ainda toda rija, Dª Firmina tinha sido a Directora de Banquetes do Palácio da Ajuda, em tempos que já lá vão.

Mais convidados ao fundo da quinta, ao longe não dava para perceber quem eram. Pedro não gostava de penetras e sentia que ía ter problemas.
Chamou um dos capatazes e fez-se ao terreno para interceptarem a meio caminho os não convidados. Mas não eram intrusos, era a GNR.

Pedro conhecia o Sr Cardoso, o Comandante da GNR de Santarém. Trazia uma tez sombria e pelo modo como pegava no chapéu e pela secura da boca, Pedro sentiu um nó no estômago e um calafrio arrepiante pela espinha acima.


Cmdt Cardoso trazia más notícias.

(continua)

Friday, August 17, 2007

Histórias de Embalar (Cap V)

Sempre que as folgas permitiam, os dois deliciavam-se nos braços e nos carinhos um do outro.
Katya encontrara a chave do coração de Pedro e estava determinada a abri-lo e a lá ficar para sempre.
Pedro perdido no turbilhão de sentimentos que ainda o prendiam ao passado, levemente deixou-se ir e quando deu conta tinha o seu coração escancarado de novo, aberto a um novo amor, aberto a uma nova vida, aberto para ser feliz… e deixou-se ir. Ele queria ser feliz, merecia ser feliz.

Ao fim de 8 meses, viviam juntos. Malas feitas. Contas fechadas no Luxemburgo.
De regresso à terra natal, Pedro apresentou Katya à Dª Teresinha.
A velhota só chorava, "- de alegria tanta !", como ela não parava de dizer enquanto enxugava as lágrimas ao pano da cozinha e sonoramente limpava o nariz, vermelho de tanta emoção.

Era um dia feliz. Pedro estava feliz.
Pagou tudo a Dª Teresinha. E seguiram para Santarém.

Santarém, essa antiga Scalabis dos Romanos ou a Santa Irene dos Alanos, cenário rico da arquitectura gótica de outrora, onde o Tejo teima em regar as suas margens ciclicamente enriquecendo as lezírias… e a vida de Pedro.


Relegadas à degradação, Pedro recupera uma das quintas de seus pais e arduamente, de sol a sol, consegue replantar as vinhas e trazer de novo a azáfama e o maravilhoso odor aos lagares das Caves da família.
O sucesso da produção da casa agrícola permitiu a Pedro pagar todas as hipotecas e recuperar a pouco a maioria dos seus bens.

Mas só um interessava – o seu anjo ruivo.
Só o amor que nutria por Katya o fazia mover, o fazia viver, sempre com aquela vontade, aquele desejo, aquele conforto de a saber por perto, de a saber sua.

Katya conseguira uma boa colocação no Hospital Distrital de Santarém e já era Enfermeira Chefe no Serviço de Pediatria.
Mas de há uns dias para cá que não se sentia muito bem.


Decidira fazer umas análises, afinal trabalhava num hospital.

(Continua)

Parabéns Mano!!

O meu mano hoje faz anos... vários, acho que já nem ele sabe bem quantos.

Parabéns ao meu mano: coisinha mai linda do mundo, mesmo já velhote e carquejo e surdo e com as demais quezilias da idade.
ADORO-TE meu querido!

Vive muitos e muitos mais anos, sempre perto de mim!
Kissinhos
Mana e Afonso

Blogosférias

Olá!

Estive uma série de tempo sem acesso ao meu blog. Não estive de férias.

Tenho um considerável número de endereços de outros blogs que gosto de "espiolhar" e divertir-me, noutros instruir-me, noutros apenas perceber como pensam os "donos" e até noutros ainda como pensam os heterónimos dos seus donos.

Nestas últimas 3 ou 4 semanas tem sido o deserto!
Não estou de férias, mas os outros quase todos estão... e acho muito bem.
Curioso como se sente a falta desta coisa, quando nela depositamos muita coisa nossa.

Bom, siga a coisa, as férias e o devido acesso .

Kissinhos