Monday, March 24, 2008

(Mais um) Regresso da Holanda

Fui de mini-férias com o meu Afonso.
Fomos de visita à Holanda... de novo. Desta feita rumámos para norte, para as aldeias onde a tradição ainda é o que era.





A foto do moinho, antiga aldeia industrial do séc.XVIII, de nome Zanse Schans (não tentem pronunciar :) recebeu-nos à pedrada!
Chovia pedra, o vento levantou-nos até a moral e o frio congelou tudo que em nós ainda se mexia.
Mas foi muito giro.
Como de turismo também vive o homem, o impecavel estado de conservação tanto dos moinhos, como das casinhas setecentistas, é um colírio para a vista.
A ajudar, as mil flores que as rodeiam e a simpatia dos que por lá vão coexistindo.





Alkmaar, a outra aldeia não menos graciosa, recebeu-nos de braços abertos, de sol raiando no céu e de música de realejo pela ruas.

Ali celebra-se todas as sextas-feiras e desde o incio da Primavera, a tradicional festa do queijo, mercado do queijo, queijo aos montes por todo lado e com fartura, ou como lhe quiserem chamar.

Por todo lado bancas com venda de queijo, de colossais tamanhos e um manancial de cores e sabores... para quem gosta!
Tive sorte, deram-me a provar logo um dos melhores: não sabia nada a queijo!

A festa depois explico, já que ainda tenho que perguntar a um nativo que por estas bandas habita e é meu colega de labuta (porque em holandês não percebi nada).
Só posso dizer que dois homens com trajes tradicionais carregam uma trave cheia de queijos, correm à volta da lindissima praça medieval da aldeia e voltam ao mesmo ponto de onde partiram. Depois carregam duas belas moçoilas holandesas, dignas de concurso Miss Universo, fazem o mesmo percurso e depositam-nas no mesmo ponto de partida.
Ao fundo do ringue um boneco feito todo de queijo, é escortanhado pelos que observam a festa, em jeito de um de cada vez e no final dão muitas palmas e riem-se muito.

Eu também me ri, não que tivesse percebido, mas se estavam felizes então era razão para eu também estar.
É assim que se partilha o Mundo, é assim que se partilham e se respeitam, os costumes e as tradições de outrém.

Até o tempo respeitou a tradição. Esperou o fim da festa para... nevar!
Afonso já tinha ido à neve, mas nunca vira nevar e escusado será dizer que se encharcou de flocos até à alma.

Regressamos com vontade de partir para outro lugar, porque muitos há ainda para ver e conhecer.


Mais t€mpo haja.

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