"- Grande porra! Era só o que me faltava!", pensou Pedro, mas nisto sentiu uma dor arrepiante ao ter-se mexido e soltou um grito instintivamente.
Nesse momento apareceu uma enfermeira.
Ruiva, dentes brancos, blusa branca, saia branca, touca branca - só lhe faltavam asas, porque parecia mesmo um anjo - era linda!
Mas o êxtase foi curto, a dor era tão atroz que logo Pedro voltou à Terra.
Katya (era o nome do anjo ruivo), acudiu sossegando-o e enquanto preparava uma injecção para lhe tirar as dores, contou-lhe como ele fora ali parar: o Sr Frédéric, maqueiro do hospital, tinha-o encontrado postrado no chão, esvaido em sangue bem no meio do parque. Sem calças, sem sapatos, sem carteira, sem relógio, ...
Um tiro na zona abdominal e uma fissura na cabeça.
Pedro tinha sido salvo a tempo, explicava Katya tentando esconder a sua angústia"- mais uns minutos e já não havia nada a fazer: perdeu demasiado sangue!"
Pedro nem queria acreditar, esperava-o pelo menos 3 semanas no hospital, "lá se vai o meu emprego!", pensou, mas rapidamente sorriu e um novo alento lhe desatinou o bom-senso ao olhar Katya: "- humm, és mesmo linda!" melava-se ele no pensamento quando de repente "-... aiiiii!!", sentira bem a dor da picada surpresa da agulha. O anjo ruivo sorria, numa cumplicidade materna, doce e ... derretida.
Passados 2 meses, Pedro para além de ter recuperado do acidente e de ter passado a chefe da contabilidade da oficina, tinha também finalmente conseguido convidar Katya, o seu anjo ruivo, para sair.
Ia sair com Katya nessa noite. Combinaram às 20h30 à porta do Theatre du Centaure.
Outra reviravolta estava prestes a acontecer na sua vida.
(continua)
2 comments:
Uau Muito bem,
Continua a escrever eu vou continuar a ler.
Gostei mto do teu Afonso hi hi
e Tb desta História de embalar.
bjos
Obgda pela visita!!
A história continua e o blog tb!(:
Bjinhos pra vocês.
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