Elvis Presley, Love Me
Friday, July 25, 2008
1977 Friday Night Revival
Natal
Wednesday, July 23, 2008
Velhice
Tuesday, July 22, 2008
Morte no andar de cima
Acabou de cair pela escada abaixo, vinda do andar de cima, uma miúda com uns 4 anitos.
Não morreu nem partiu nenhum osso (e ainda bem, claro) mas de ficar toda negra, já não se livra.
Está agora ali a chorar baba e ranho e convenhamos que não é para menos já que a moçinha galgou de cabeça, 2 valentes lanços de escada.
Bom, é certo que isto já fez acabar a festa: havia festa no andar de cima.
Aliás, faz 4 dias que há festa no andar de cima.
Etnia africana, não cigana.
Tudo isto fez reavivar o meu velho enigma: as várias formas de se reagir à morte de um familiar ou ente querido nas várias culturas.
Em síntese, com todo o devido respeito e pêsames à família, partilho convosco.
Na semana passada faleceu o patriarca do andar de cima; carpidou-se; lamentou-se; velou-se o corpo.
No dia seguinte estava um papel afixado na porta da escada (entrada do prédio) informando hora e local do funeral.
Nesse mesmo dia após a cerimónia - que foi Sábado, as lamúrias e lamentações deram lugar ao arrasto de móveis e uma azáfama de gente num entra e sai como nunca vi.
Fez muito calor toda a semana e como tinham sempre a porta aberta (até porque a casa era pequena para a quantidade de gente que se reuniu) toda a vizinhança pode acompanhar, mesmo que involuntariamente, o desenrolar do processo.
De seguida, foi o tilintar de copos, o manusear de pratos e o cheiro a cozinhado (delicioso diga-se de passagem).
Só não houve música, mas a alegria era tal que se existe vida além da morte acredito que o falecido vizinho estivesse bem contente.
Assim se despedem familiares e amigos na hora do último adeus.
Não morreu nem partiu nenhum osso (e ainda bem, claro) mas de ficar toda negra, já não se livra.
Está agora ali a chorar baba e ranho e convenhamos que não é para menos já que a moçinha galgou de cabeça, 2 valentes lanços de escada.
Bom, é certo que isto já fez acabar a festa: havia festa no andar de cima.
Aliás, faz 4 dias que há festa no andar de cima.
Etnia africana, não cigana.
Tudo isto fez reavivar o meu velho enigma: as várias formas de se reagir à morte de um familiar ou ente querido nas várias culturas.
Em síntese, com todo o devido respeito e pêsames à família, partilho convosco.
Na semana passada faleceu o patriarca do andar de cima; carpidou-se; lamentou-se; velou-se o corpo.
No dia seguinte estava um papel afixado na porta da escada (entrada do prédio) informando hora e local do funeral.
Nesse mesmo dia após a cerimónia - que foi Sábado, as lamúrias e lamentações deram lugar ao arrasto de móveis e uma azáfama de gente num entra e sai como nunca vi.
Fez muito calor toda a semana e como tinham sempre a porta aberta (até porque a casa era pequena para a quantidade de gente que se reuniu) toda a vizinhança pode acompanhar, mesmo que involuntariamente, o desenrolar do processo.
De seguida, foi o tilintar de copos, o manusear de pratos e o cheiro a cozinhado (delicioso diga-se de passagem).
Só não houve música, mas a alegria era tal que se existe vida além da morte acredito que o falecido vizinho estivesse bem contente.
Assim se despedem familiares e amigos na hora do último adeus.
Culturas tão distintas apenas a dois lanços de escada e no entanto, tanta celeuma causou junto dos restantes vizinhos que fraca abertura têem para aceitar e respeitar que cada um tem direito e é livre de fazer o luto que assim bem entender.
Quem tem razão?
Eles, que na sua crença se regozijam pelo familiar finalmente encontrar o descanso e partir para o paraíso prometido ou nós, que nos definhamos em tristeza e saudade pelo familiar que nos deixou sós?
Saber lidar com a morte - esse eterno enigma do conhecimento. Qual a verdade? Interessa conhecê-la?
Entretanto, a moçinha já se calou...
Quem tem razão?
Eles, que na sua crença se regozijam pelo familiar finalmente encontrar o descanso e partir para o paraíso prometido ou nós, que nos definhamos em tristeza e saudade pelo familiar que nos deixou sós?
Saber lidar com a morte - esse eterno enigma do conhecimento. Qual a verdade? Interessa conhecê-la?
Entretanto, a moçinha já se calou...
Saturday, July 19, 2008
Rastos de Ljubljana - Eslovénia
Thursday, July 17, 2008
Wednesday, July 16, 2008
Viagens
As viagens, os viajantes - tantas espécies deles!
Tanta nacionalidade sobre o mundo! tanta profissão! tanta gente!
Tanto destino diverso que se pode dar à vida,
À vida, afinal, no fundo sempre, sempre a mesma!
Tantas caras curiosas! Todas as caras são curiosas
E nada traz tanta religiosidade como olhar muito para gente.
A fraternidade afinal não é uma idéia revolucionária.
É uma coisa que a gente aprende pela vida fora, onde tem que tolerar tudo,
E passa a achar graça ao que tem que tolerar,
E acaba quase a chorar de ternura sobre o que tolerou!
Álvaro de Campos
Tuesday, July 15, 2008
Fugir
Thursday, July 03, 2008
Tuesday, July 01, 2008
O Papa, o Guimarães e Prada
Mas que raio causa tanta celeuma o Papa ter nos presuntos uns Prada... e depois?!?
Também vão agora à cata da marca da lingerie que o senhor veste???
Faz séculos que a Igreja se goza dum património agradável e confortável.
Sim, muitas obras bonitas e de encher o olho aos fiéis, mas também muita aldrabice e nem falemos da Idade das Trevas em que vendiamos a alma e já está - directos ao céu sem passar pela casa da partida e sem pagar mil paus de multa!
Quem me dera a mim também ter uns Prada!!!! (se bem que noutro modelo, convenhamos :)
As xancas que compro no Guimarães para poder fazer face ao execrável aumento das taxas de juro, dão-me cabo dos pés!
O plástico das solas dura uma semana com aspecto de novo; o forro por dentro com o calor, assa-me os pés e acabo por gastar um dinheirão em cremes e pedra-pomes para os calos para não assustar nenhum Rotweiler que passe por mim e julgue ali ter um adversário à altura.
Alguém está a ver o Papa, representante de Deus na Terra cheio de calos e joanetos só por causa duns badamecos que não têm mais nada que fazer que andar a cuscar o que os outros vestem e calçam?!
Concordo que, para quem quer relançar a Igreja Católica, modernizá-la, valorizá-la, e dar-lhe sentido usando os símbolos e objectos, e me anda de sapatos Prada, de gorro à Pai Natal e chapéu à Planeta das Argolas, não vai muito longe!
Mas a contradição faz parte. Faz parte da Igreja e faz parte dos homens que lá andam e faz parte de nós.
Também temos o exemplo da esposa do senhor que diz que é presidente do Zimbabué.
Consta que numa cimeira recente em Milão na qual acompanhou o marido, se fez deambular pelas lojecas de marca e deu uma fortuna nuns xanatos Prada.
Para que conste: ía a senhora agora aparecer em Milão, no meio da noblesse toda, de socas de pau!... Só porque no seu país, a população morre de fome e ao estalo!
Por cá, em muitos distritos, já se anda no limiar da pobreza e há quem continue a comprar BMW's em grande!
Ora meus senhores, temos uma crise mundial à porta que já vai no corredor! Tratem mas é de arranjar maneira de nos livrar desta praga da especulação e deixem-se lá de invejas.
Além disso os sapatos vermelhos do Papa, não são Prada..., são "de Cristo"!
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